sábado, 6 de agosto de 2011

"Minha alma está cansada de minha Vida"

"Tudo me cansa, mesmo o que não me cansa (...)"

"Os meus sonhos são um refúgio estúpido, como um guarda chuva contra um raio."

"Mesmo eu, o que sonha tanto, tenho intervalos em que o sonho em foge. Então as coisas aparecem-me nítidas. Esvai-se a névoa de quem me cerco. E todas as arestas visíveis ferem a carne da minha alma. Todas as durezas olhadas me magoam o conhêce-las durezas. Todos os pesos visíveis de objectos me pesam por alma dentro."

Do livro do Desassossego - Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa)