domingo, 22 de novembro de 2009

Poema...(cazuza)

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança

Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo
Hoje eu acordei com medo

Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu

Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um conto de fadas da vida real - Cap III

*Capítulos Anteriores:


Cap III
E assim a vida dos dois seguia... Cada um em sua respectiva selva de pedras, com seus trabalhos, estudos e compromissos.
E a saudade apertava a cada dia que passava. Não havia um só dia que ela não pensasse nele, e ele nela. Estavam distantes, mas unidos pelo pensamento.
Tudo corria bem, ele mergulhado em seus estudos e projetos e ela trabalhando em suas pesquisas e buscando um trabalho que lhe dê sustento e prazer, pois as coisas no seu reino andavam muito difíceis.
Eles se falavam quase todos os dias, mandavam mensagens por mensageiros ou se viam pelo espelho encantado.
Mas algo de diferente começou a acontecer...
Eles não se falavam mais como antes, algo estava mudado, ela o sentia distante.
Não sentia seus corações conectados como antes, e isso a entristecia muito, pois sentia que depois de cinco séculos, estava sentindo o amor brotar sem eu coração, e de uma forma que nunca imaginava que aconteceria novamente...
O que estaria acontecendo?
Ela passava por um momento muito delicado em sua vida, seu coração estava imerso na mais completa escuridão. Sua vida tinha o cheiro e o gosto da saudade. Seu cheiro é doce, assim como as lembranças dele que levava em seus olhos e em seu coração para todos os lugares que ia. Recordava dos momentos felizes que passaram juntos desde o primeiro dia que se viram antes de tudo isso acontecer. Sentia paz...
Mas ao mesmo tempo tinha um gosto amargo. A ausência do olhar, da sua voz, da sua pele, do seu cheiro, do abraço... Esta falta as vezes chegava a lhe cortar a alma, doía o coração. Ela queria beijá-lo, abraçá-lo, olhar em seus olhos e dizer o quanto o ama, pois algo diz em seu coração que ele não tem idéia do quanto o sentimento dela em relação a ele é grande, e o quanto é importante em sua vida. Mas o abismo entre os dois não permitia. Apenas ele possuía a chave para o reino dela. Mas ela não tinha este privilégio. Triste, ela abre seu diário pessoal e traduz para as páginas brancas o que passa em seu coração:


“Por que dói tanto a espera...

a saudade tem um cheiro doce
mas seu gosto é amargo como fel
Acho que não tem nada pior
do que estar longe de quem se ama
A alma esvazia, o coração fica no escuro
meu corpo é tomado por um frio
que nem o sol pode aquecer.
A distância, a ausência é perturbadora.
Por mais que eu durma não consigo descansar.
Saudade de quem se ama...
Mas quem eu amo não posso ter ao meu lado,
perto de mim
Nosso corações estão conectado pra sempre
uma conexão mágica que só amor pode construir
E é desse amor e das doces lembranças
que sigo minha vida, que me da forças para continuar.
E a suave certeza de que nos reencontraremos um dia,
e em fim poderei ouvir de novo o som de sua respiração,
e a melodia do seu coração.”

Agora só lhe restava à espera que tanto lhe angustiava.
Mas pior que a distância geográfica, era a distancia que ela sentia que seus corações estavam tomando. Estaria certa ou enganada? Seu pressentimento estava certo?
Perguntas que lhe atormentava o sono... Queria acreditar que estava enganada, que era apenas uma cruel impressão.
Mas somente o tempo dará as respostas que espera.


Continua...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que será (a flor da pele)

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
E todos os suores me vêm encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
Quem me chamou

Quem vai querer voltar pro ninho
E redescobrir seu lugar
Pra retornar

E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender a sonhar
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não

Você verá que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
E não esquecer, ninguém é o centro do universo
Que assim é maior o prazer

Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não

E eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho
Como eu sou feliz, eu quero ver feliz
Quem andar comigo, vem

Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não.

Composição: Guilherme Arantes


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

saudades

Por que doí tanto a espera...
a saudade tem um cheiro doce mas seu gosto é amargo como fel

Acho que não tem nada pior do que estar longe de quem se ama
A alma esvazia, o coração fica no escuro e meu corpo é tomado por um frio que nem o sol pode aquecer.
A distância, a ausência é perturbadora.
Por mais que eu durma não consigo descansar.

Saudade de quem se ama....
Mas quem eu amo não posso ter ao meu lado, perto de mim
Mas nosso corações estão conectado pra sempre
uma conexão mágica que só amor pode construir
E é desse amor e das doces lembranças que sigo minha vida, que me da forças para continuar.

E a suave certeza de que nos reencontraremos um dia, e em fim poderei ouvir de novo o som de sua respiração, e a melodia do seu coração.