No dia quatro de fevereiro de 2014,
um anjinho com pelos macios, olhar carente e brilhante, de corpo frágil e
pequenino, entrou na minha vida.
Mal
seu olhar sincero cruzou o meu e percebi que já tinha um imenso carinho por
ela.
Foram apenas dez dias, mas
pareceu-me uma vida.
"Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão"*
Tomou o meu coração e sentou na minha mão"*
Cerquei-a de todos os cuidados, a
protegi, alimentei, e principalmente carinho e amor sincero, que me era
retribuído a cada miado, ronronar, ou lambida.
Mas infelizmente, sua fragilidade
não permitiu que permanecesse por mais tempo ao meu lado.
Ao menos tenho a certeza de que ela
sentiu e recebeu todo o amor e atenção que lhe dediquei nesses poucos, mas
valiosos dias em que passamos juntas.
Não há nada mais sincero do que o
olhar de um animalzinho ou de uma criança, é de uma profundidade tão grande, um
amor tão imenso que poucas pessoas podem compreender. Apenas quem vivência o
prazer de ouvir o ronronar de um gatinho grato pela comida, atenção que lhe é
oferecida, de sentir seus pelos acariciando suas pernas, de perceber seu olhar
de ternura pode entender.
A dor é grande, é como se um verme
fosse correndo uma parte do coração.
Mas as doces lembranças, os momentos
felizes, a certeza de que passou dias felizes, sendo muito amada, são como um
bálsamo para a alma.
Foi como uma estrelinha cadente, iluminou minha vida, trouxe breves momentos de felicidade, esperança, e deixou um rastro eterno de luz em meu coração.
Maysinha,
nunca nos esqueceremos de você.
*Acabou Chorare-Novos Baianos