Esses dias estive refletindo sobre sentimentos.Amor, raiva, tristeza, amizade, felicidade, indiferença, rancor, mágoa, alegria, paixão, etc... e cheguei a conclusão de que é muito raro eu sentir raiva de alguém.
Quando alguém que tem importância na minha vida faz algo para me ferir não fico com raiva, mas fico muito triste. A tristeza substitui o sentimento de raiva, e geralmente, dependendo da situação fica até fácil de perdoar a pessoa. Isso ao mesmo tempo é bom, pois é raro criar desafetos, mas esse sentimento pode transforma-se em indiferença.
Como a maré que de tanto bater nas rochas, vão desgastando até virarem areia.
É mais ou menos isso que acontece.
Não fico com raiva, tão pouco guardo rancor.
Acredito no amor em sua forma mais pura, no amor que só faz bem, que ama sem esperar nada em troca, que não sofre. Mas o amor não é construído de uma hora pra outra, leva tempo...como uma flor, é preciso cuidar, regar, tratar para que ele floresça, mas diferente da flor, ele não morre nunca.
Tem gente que acredita em amor a primeira vista, isso pra mim é afinidade. Pode sim ser o primeiro passo, mas não é garantia.
Quando amo realmente alguém, (deixando claro que não falo somente no sentido do amor entre homem e mulher) e esta pessoa faz algo para me ferir, não deixo de ama-la. Mas o sentimento da afinidade, do gostar vai se desgastando pouco a pouco...como um fogo que vai se apagando pouco a pouco, até que uma hora vira cinzas.
A flor não morreu, mas é como se eu a retirasse do jardim e plantasse em um vaso solitário, a qual vou continuar cuidando e amando, mas não fará mais parte do meu jardim.
(Andréia Martins.M.Lopes)